Aprenda a distinguir diferentes tipos de vinho!

O vinho é, provavelmente, a bebida que faz parte da nossa cultura há mais tempo. “Numa casa portuguesa fica bem pão e vinho sobre a mesa”, já cantava a icónica Amália Rodrigues, transportando para a música uma realidade bem presente no nosso povo. Mas será que todos sabemos identificar os diferentes tipos de vinho?

Os vinhos distinguem-se pelas suas características principais e podem ser agrupados dependendo da casta, da fermentação e do envelhecimento. Existem opções de branco, tinto e rosé que deve considerar na hora de compor a sua mesa.

 

Vinho Branco

Normalmente, o vinho branco é produzido a partir da fermentação de uvas sem pele. Ao contrário do que possa pensar, as uvas utilizadas na produção de um vinho branco não têm de ser obrigatoriamente brancas. Existem vinhos brancos que usam castas tintas.

Há ainda alguns vinhos brancos tranquilos feitos a partir da maceração pelicular. Nestes casos, as cascas das uvas são mantidas em contacto com o mosto antes da fermentação. Este processo vai conferir maior concentração aromática ao vinho.

Ideal para acompanhar pratos de peixe ou carnes brancas, o vinho branco é leve e perfumado. Dependendo das castas, este tipo de vinho vai apresentar um tom amarelado bastante claro ou um pouco mais escuro, a fazer lembrar o amarelo da palha.

 

Vinho Tinto

Este tipo de vinho é produzido a partir da fermentação de uvas tintas que permaneceram em contacto com as cascas durante o processo. O vinho tinto varia consoante o envelhecimento, sendo que os mais jovens são suaves e aromáticos, com um gosto mais delicado. Por sua vez, os tintos envelhecidos são mais encorpados, têm um aroma bastante intenso, um fim de boca mais macio e um elevado teor alcoólico.

As carnes vermelhas são o acompanhamento ideal para este tipo de vinho.

 

Vinho Rosé

Para os apreciadores de vinhos mais frescos e suaves, o rosé pode ser a escolha ideal. Este tipo de vinho é produzido a partir de castas tintas, através de um processo especial de fermentação: depois de um curto período, a pele da uva é retirada, pois já transferiu o desejado tom rosado ao vinho. De seguida, acontece um processo de fermentação idêntico ao do vinho branco – sem casca.

A tonalidade deste tipo de vinho pode variar entre um rosa pálido e um vermelho mais claro. O mesmo harmoniza na perfeição tanto com pratos leves como mais estruturados.

Se está com dúvidas e não sabe se deve escolher um tinto ou um branco, opte por um rosé. Este tipo de vinho é o equilíbrio perfeito entre a suavidade do vinho branco e o aroma frutado do tinto.

 

Quando falamos de tipos de vinho, devemos ter em conta que esta bebida se divide em três grupos principais: tranquilos, espumantes e fortificados (ou generosos).

 

1. Vinhos Tranquilos ou Correntes

Quando falamos em vinho tranquilo, referimo-nos ao tipo de vinho mais comum, ou seja, àquele que é consumido pela maioria das pessoas. São os vinhos “normais” que, regra geral, compramos para as nossas casas, para servir ao jantar ou para receber amigos. Não possuem gás e não fazem espuma.

Este tipo de vinho – que pode ser branco, tinto ou rosé – não recebe adição de álcool vínico e a sua graduação alcoólica tem obrigatoriamente de ser superior a 8,4%. Os vinhos tranquilos são concebidos a partir da fermentação alcoólica total ou parcial da uva fresca ou do mosto de uvas frescas.

Vinho Verde

Verde e maduro é uma distinção muito comum quando falamos de vinhos portugueses. Na verdade, o vinho verde não diz respeito a um tipo de vinho ou ao seu nível de amadurecimento, mas antes a uma região.

Popularmente, é normal fazer-se a diferenciação entre os vinhos verdes, produzidos na região Entre Douro e Minho, e os que são produzidos noutras regiões – os maduros.

Vinho Maduro

Fora da região vinícola dos Vinhos Verdes, de onde vem o vinho verde que chega às nossas mesas, o que se produz é vinho maduro. Falamos das regiões do Douro, Dão e Alentejo.

 

2. Vinhos Espumantes

Este tipo de vinho distingue-se por apresentar uma quantidade significativa de dióxido de carbono. Isto acontece depois de um processo de fermentação secundária que atribui gás ao vinho, ficando o mesmo com a conhecida “bolha”.

Normalmente, estes vinhos têm a sua fase final de fermentação em garrafa, sendo este o método clássico. A alternativa é o método contínuo, no qual o vinho fermenta através da passagem por diferentes tanques. Existe ainda o charmat, método que deixa o vinho a fermentar numa cuba fechada.

Entre os vinhos espumantes distinguimos dois tipos:

Espumante

Proveniente de castas tintas ou brancas, este vinho passa por duas fermentações. A primeira transforma o sumo da uva em vinho e é a chamada fermentação alcoólica. A segunda é a fermentação que dá origem às bolhas e à espuma.

Frisante

Ao contrário do vinho espumante, no frisante o gás é conseguido de forma artificial. O que acontece é que, no momento em que se dá a fermentação alcoólica, introduz-se artificialmente o dióxido de carbono no vinho.

Outra das diferenças entre o frisante e o espumante, que advém precisamente dessa introdução artificial, é que o primeiro tem bastante menos gás do que o segundo. Tome nota: um vinho frisante terá sempre menos bolhas e espuma do que um espumante.

 

3. Tipos de Vinhos Fortificados ou Generosos

Estes são os conhecidos vinhos licorosos. Neste tipo de vinho, há uma adição de álcool – aguardente, brandy ou álcool puro – durante o processo de fermentação, que faz com que o processo de transformação dos açúcares em álcool seja impedido. No fim, o que acontece é que o vinho fica mais doce, mas também mais alcoólico.

Dentro dos vinhos fortificados distinguem-se:

Vinho do Porto

O vinho do Porto apresenta diferentes variações de cor, já que pode ser produzido tanto a partir de castas brancas como tintas. Relativamente ao sabor, dependendo do momento em que se interrompe a fermentação, estes vinhos podem ser muito doces, doces, meio secos ou extra secos.

O vinho do Porto também se distingue pelo envelhecimento, podendo ser vintage, tawny ou ruby. Os vintage são engarrafados entre 24 a 36 meses após a vindima e provêm de uma colheita única, de maior qualidade. Os Porto tawny são envelhecidos em casco, por oxidação. Já os ruby dizem respeito a vinhos novos, com pouca ou nenhuma oxidação.

Vinho Madeira

Este vinho costuma variar em doçura e graduação alcoólica, mediante a uva utilizada na sua produção. Nos Vinhos Madeira, identificam-se quatro castas: Malvasia, Sercial, Verdelho e Boal. Se for amante de vinhos realmente doces, escolha a casta Malvasia que dá origem a um vinho mais acastanhado, com aroma intenso.  Os Sercial são vinhos mais secos, de tom mais claro e bastante perfumados, enquanto os Verdelho são ainda mais secos e de cor dourada. Se preferir um vinho mais delicado, opte pelos da casta Boal que se apresentam num dourado mais escuro e têm uma textura mais suave.

Vinho Moscatel

Em Portugal, a zona de Setúbal é bastante famosa pelo seu Moscatel. Este é um vinho muito doce, que exibe um tom dourado e se distingue pelo odor floral e frutado. Existe ainda o Moscatel do Douro, produzido na região de Favaios e Alijó, que provém da casta Moscatel Galego.

 

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