Espumante: Como se Produz este Tipo de Vinho?

O espumante é perfeito para celebrar momentos especiais e para acompanhar, preferencialmente, pratos de peixe e marisco. Mas alguma vez parou para pensar como é que esta bebida deliciosa chega até si? Fique atento, pois neste artigo dar-lhe-emos conta das mais importantes etapas do processo de produção.

O vinho espumante é uma bebida cuja efervescência resulta de dois processos de fermentação alcoólica controlados num recipiente fechado. Na primeira fermentação, denominada alcoólica, o açúcar natural da uva é transformado em álcool. Esta é uma etapa comum a todos os tipos de vinho. No caso do espumante, ocorre ainda uma segunda fermentação, em grandes cubas ou na própria garrafa, com o objetivo de adquirir efervescência.

 

10 Fases do processo de produção de espumante

 

1. Colheita de uvas

Para a produção de espumante, são necessárias uvas no melhor estado possível e ainda em fase de submaturação. Por isso, a vindima é, muitas vezes, feita precocemente. Posteriormente, os cachos devem ser armazenados em caixas de pequena dimensão. Dessa forma, consegue-se evitar o rebentamento dos bagos e a consequente libertação de mosto antes da chegada das uvas à prensa.

 

2. Prensagem

Nesta etapa, decide-se se o espumante será branco ou tinto. No primeiro caso, as uvas são esmagadas para libertar o sumo dos bagos. No segundo, pelo contrário, a prensagem efetua-se depois da fermentação.

As uvas devem entrar inteiras na prensa, ao invés de serem esmagadas. A mais indicada para este processo é a prensa pneumática de membrana. Isto porque permite suavidade na extração e uma correta separação do mosto nas várias frações consoante a pressão utilizada. Esta fase é extremamente importante para a obtenção das condições ideais para a espumantização.

 

3. Fermentação alcoólica

A fermentação pode ser realizada em cubas de inox, cimento ou fibra de vidro. É nesta etapa que os açúcares do mosto se transformam em álcool, exigindo-se, por isso, um controlo rigoroso da sua temperatura e densidade.

Geralmente, situa-se entre os 14 °C e 18 °C. Quanto mais baixa for a temperatura, menor será a taxa de fermentação e maior será o tempo de residência na vasilha. Em contrapartida, uma temperatura de fermentação demasiado elevada dá origem a uma maior perda de aromas frescos e frutados.

 

4. Engarrafamento

Nesta etapa, o vinho é colocado em garrafas, sendo misturado com levedura ativa e licor de tiragem. Este último consiste num xarope de elevada concentração de açúcar, que permite uma pressão interna entre 5 e 6 bar durante a fermentação no interior da garrafa. Possibilita ainda a consequente produção de oxigénio. Estes valores devem ser constantes, de modo a não haver perda de gás, para não ocorrerem alterações no produto final.

 

5. Fermentação na garrafa

Esta fase do processo deve ocorrer no período mais frio do ano. Coloca-se a cápsula nas garrafas, que devem manter-se uma temperatura constante entre 10 °C e 12 °C, durante cerca de dois meses. Só dessa forma é possível garantir uma fermentação lenta e regular.

 

6. Envelhecimento em garrafa

Entretanto, o açúcar é totalmente consumido e a pressão interna situa-se entre 5 e 6 bar. O processo pode demorar entre nove meses e vários anos. Ajuda não só a melhorar, mas também a conservar o vinho.

 

7. Remuage

Posteriormente, é possível observar na garrafa um depósito formado por células de leveduras e por produtos enológicos eventualmente utilizados. Esses sedimentos são removidos através de movimentos de rotação e inclinação progressiva da garrafa, em direção ao gargalo.

Para tal, as garrafas são colocadas em suportes furados e dispostos em forma de V invertido, chamados pupitres. Lá permanecem durante aproximadamente um ano. A este processo, que pode ser manual ou mecanizado, dá-se o nome de remuage.

 

8. Dégorgement

Este processo consiste em congelar a parte superior do gargalo da garrafa, juntamente com os sedimentos acumulados. Seguidamente, ao abrir a cápsula, este depósito é expulso pela pressão e deixa o espumante livre de sedimentos. Não devem ocorrer perdas consideráveis do conteúdo principal do produto, que já não está longe de ficar pronto.

 

9. Dosagem e preparação dos diferentes tipos de espumante

Após o dégorgement, verifica-se uma perda de volume do espumante. A garrafa é, então, atestada com licor de expedição. A adição é feita com o líquido a 0 °C, para não perder pressão, e com o gargalo a -25 °C.

Neste momento, considera-se que o vinho está totalmente seco. Por isso, é adicionado açúcar, de modo a corresponder às diferentes classificações finais do vinho espumante:

  • Extra bruto: até 6 gramas por litro;
  • Bruto: 6,1 a 15 gramas por litro;
  • Seco: 15,1 a 20 gramas por litro;
  • Meio seco: 20,1 a 60 gramas por litro;
  • Doce: acima de 60 gramas por litro.

 

10. Arrolhamento

Nesta etapa do processo, deve ser utilizada uma rolha de boa qualidade, que possa resistir à grande pressão provocada pelo gás carbónico retido no vinho. É por esse motivo que as rolhas dos vinhos espumantes são constituídas em 70% por cortiça aglomerada, a que se juntam dois ou três discos de cortiça natural.

Depois de inserida a rolha, coloca-se o arame de segurança, que impede que a mesma salte sob pressão, e os rótulos da marca.

 

Sobre o espumante O Mimadu

 

Se procura uma bebida especial para marcar um momento importante, então, O Mimadu é o espumante que tem de conhecer. É produzido a partir de castas cuidadosamente selecionadas e está disponível em quatro variedades aromatizadas, com baixo teor de açúcar e apenas 6% de álcool.

  1. Ocean: Exótico e vivo, com frutos do boques e notas de amora;
  2. Ice: Intenso e frutado, cítrico com notas de lima-limão;
  3. Fire: Espontâneo e radiante, cítrico tropical com notas de toranja;
  4. Desire: Generoso e cativante, com frutos vermelhos maduros.

As embalagens são extremamente elegantes e cheias de carácter. Vão, certamente, conferir o apontamento especial que faltava à sua ocasião.

 

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